Foto: Steve Dykes/Getty Images
Era dia 23 de abril de 2019. Portland Trail Blazers e Oklahoma City Thunder se enfrentavam no jogo 5 da série de primeira rodada dos playoffs. O placar da série estava 3-1 e era a primeira oportunidade que o Blazers teria para finalizar a série e avançar para o próximo round. Mesmo após o Thunder ter a liderança por 15 pontos, o jogo estava empatado em 115-115 e faltava 32:08 segundos. Após Westbrook errar o arremesso que poderia colocar o Thunder na liderança, Aminu pegou o rebote e passou para Damian Lillard que segurou a bola para ter o último arremesso do jogo e, do meio da quadra, acertou uma bola de três que classificou a equipe.
Imediatamente depois de acertar o arremesso, Dame fez o histórico gesto de "tchau" para o banco do Thunder (foto), respondendo todas as provocações feitas durante a série dentro de quadra. Nela, ele foi decisivo novamente para Portland, tendo 50 pontos (10/18 do perímetro), 7 rebotes, 6 assistências, 3 steals e um game winner. Em entrevista para o Bleacher Report, Rodney Hood (na época ala do Blazers, atualmente no Milwaukee Bucks) considerou o arremesso como "um dos mais loucos que presenciou em toda a sua vida".
Mesmo com essa atuação fenomenal de Lillard, vale destacar também a contribuição de outros jogadores, casos de Enes Kanter que teve um duplo-duplo e C.J McCollum e Maurice Harkless, que nesse jogo contribuíram com 17 pontos cada.
A partir dessa vitória sobre o Thunder, o Portland abriu caminho para as semifinais de conferência contra o Denver e, após 7 jogos, conseguiu derrotar o Nuggets e passar para a final de conferência, onde terminou varrido pelo Golden State Warriors. No final, o título da NBA de 2018/19 terminou com o Toronto Raptors. Esse arremesso também encerrou com a era PG-Russ no Thunder, considerando as trocas para o Clippers e Rockets, respectivamente. Foi aí também que começou a "rebuild era" do Thunder, liderada fora de quadra por Sam Presti e dentro dela por Shai Gilgeous-Alexander.
Um "simples" arremesso teve um efeito dominó gigantesco, afetando o planejamento inteiro de uma franquia. No final de tudo, essa é a verdadeira graça do basquete. Mas, fica a pergunta: E se o arremesso do Lillard não tivesse entrado?