Campeão na temporada passada, o Milwaukee Bucks não fez grandes adições ao time, mantendo a base Giannis, Holiday e Middleton. Durante a free agency, a franquia de Wisconsin perdeu para o Heat PJ Tucker, uma importante peça do último título, mas conseguiu manter Bobby Portis, outro dos destaques do time nos playoffs, além de trazer Grayson Allen para contribuir na posição de ala-armador do time. Mas será que isso será o suficiente para o bi consecutivo nessa próxima temporada?
Para competir pelo título com o Bucks, surgem Lakers e Nets. A franquia de Los Angeles fez uma free agency muito ativa, obtendo o recordista de triplo-duplos Russell Westbrook junto ao Wizards, além de obter vários veteranos experientes como Carmelo Anthony, Rajon Rondo, Trevor Ariza e jovens que aceitaram receber o mínimo para jogar pelo Lakers, como Kendrick Nunn e Malik Monk. O Lakers também conseguiu buscar alguns jovens promissores que viraram undrafted, casos de Joel Ayayi e Austin Reaves. Já o Brooklyn Nets buscará principalmente se manter saudável durante a temporada mas também trouxe alguns reforços para melhorar a rotação como Paul Millsap e Patrick Mills, além de buscar alguns promissores jovens no Draft como Cameron Thomas e Day'Ron Sharpe.
Tem também times que mudarão bastante nessa pre-season, melhorando a qualidade do seu elenco para disputar coisas maiores durante essa temporada. Um exemplo claro disso é o Chicago Bulls, que teve como principais contratações Lonzo Ball e Demar DeRozan, que melhoram bastante o starter 5 da franquia de Illinois. Além disso, a franquia melhorou a profundidade de armadores no elenco, trazendo Alex Caruso diretamente do Los Angeles Lakers e pegando o promissor Ayo Dosunmu na escolha 38 do último draft. Assim como o Bulls, o Miami Heat também melhorou o seu elenco, trazendo PJ Tucker (citado anteriormente) para ser um potencial starter e Kyle Lowry, numa das principais negociações dessa Free Agency. O Bulls e o Heat acabam não sendo candidatas de cara ao título, porém devem brigar pelos playoffs, com chances de surpreender e também de decepcionar, dependendo do que ocorrer durante a temporada.
Um time que mudou bastante nesse período foi o Washington Wizards, principalmente por ter se envolvido numa grande troca de 5 times. Nessa troca, o Wizards perdeu sua segunda-estrela Russell Westbrook (Lakers), Chandler Hutchinson (Spurs) e algumas picks de segundo round, porém reforçou um ponto que prejudicou bastante o Wiz na temporada passada: profundidade de elenco. O Wizards saiu dessa troca com Dinwiddie (via Nets), Kuzma, KCP, Harrell (via Lakers), Aaron Holiday, direitos de Isaiah Todd e considerações financeiras (via Pacers). Reforçando a profundidade de elenco, o Wizards continua sendo uma equipe com potencial de play-in/playoffs, porém com mais chances de surpreender, dependendo do basquete apresentado por suas novas aquisições.
Há também times que usaram o draft ao seu favor, fazendo boas escolhas, aproveitando os jovens promissores dessa classe. Um desses vencedores do Draft foi o Golden State Warriors, que mesmo com escolhas "baixas", conseguiu trazer jovens promissores que estavam sendo cotados para sair antes no draft, caso de Jonathan Kuminga e Moses Moody. O Charlotte Hornets e o Houston Rockets foram alguns dos outros times que fizeram boas escolhas no draft. Começando pela franquia de Charlotte, eles escolheram James Bouknight e Kai Jones, conseguindo reforçar algumas posições necessárias no elenco antes no draft. Já o Rockets obteve vários jovens promissores, dando uma melhora no seu elenco em geral. Usando a pick 2, o Rockets escolheu Jalen Green, um dos jovens com mais potencial de toda essa classe e, ainda no round 1, a equipe aproveitou para se reforçar com os pivôs europeus Alperen Sengün (Turquia) e Usman Garuba (Espanha), além do ex-armador de Arizona State Josh Christopher. Essas 3 franquias melhoraram bastante seus elencos e na nossa visão as 3 ficam numa linha tênue entre playoffs e play-in.
Dissemos aqui vários times que melhoraram mas também tem aqueles que pioraram ou tinham condição de melhorar mais porém não o fizeram. O exemplo claro disso é o San Antonio Spurs. A equipe perdeu Demar DeRozan e não conseguiu repor com ninguém a posição, tendo em Thaddeus Young sua principal aquisição. Além disso, o San Antonio fez uma escolha de risco no draft, usando a pick 12 para escolher Josh Primo, um dos mais jovens de toda a classe e que estava cotado para o final do primeiro round. Primo é um caso de boom or bust e só o tempo dirá se foi burrice da franquia ou uma jogada de mestre. O Memphis Grizzlies acaba entrando um pouco nesse tópico, fazendo uma escolha de risco (porém menor) ao adquirir Ziaire Williams na pick 10 e usando sua pick 30 para escolher Santi Aldama, jovem espanhol que chegou a ser cotado como undrafted antes do draft. Além disso, a franquia também perdeu seu pivô titular Jonas Valenciunas para o Pelicans, ganhando em troca Steven Adams, Eric Bledsoe e duas picks de primeiro round. Mesmo com esse potencial de melhora e com algumas perdas importantes no elenco, o Grizzlies continua sendo para nós uma potencial equipe de play-in, enquanto o Spurs nem deve estar na briga pelo play-in.
Menções honrosas:
Cleveland Cavaliers - O Cavaliers acabou reforçando bastante seu frontcourt (Mobley, Markannen, Fall e renovação com o Allen), porém ao mesmo tempo deixou o backcourt da equipe sem muitos reforços.
Atlanta Hawks - Manteve John Collins e mesmo com posições baixas no draft fez boas escolhas, incluindo um considerado steal: Sharife Cooper.
New Orleans Pelicans - Obteve o bom center Jonas Valenciunas, buscou o 3&D Trey Murphy III no draft além de não deixar a equipe sem armador titular após a saída de Lonzo Ball, trazendo Devonte Graham.
Detroit Pistons - Com a chegada da pick 1 Cade Cunningham para a equipe, o Pistons se torna mais competitivo que a temporada passada. Além disso, a equipe fez uma boa aposta em Luka Garza, um dos melhores jogadores de sua classe na NCAA, mas que tem seu jogo considerado como o não-ideal para os padrões da NBA.
Seria muito interessante falar de todas as equipes aqui, porém o texto ficaria ainda mais extenso e com isso, encerramos nossa previsão por aqui. Com tantas equipes mantendo os seus talentos e/ou melhorando os seus elencos, teremos uma temporada MUITO interessante de se acompanhar, principalmente se nada atrapalhar o "andar da carruagem" e se a temporada não for tão afetada pelo número de lesões como a anterior.