Foto: Vítor Silva/Botafogo
Em agosto de 2021, foi sancionada a lei de número 14.193/2021. Ela permite que os clubes brasileiros possam migrar o modelo da SAF, a Sociedade Anônima do Futebol. O exemplo mais recente desse modelo de clube foi o Vasco da Gama, que aprovou no último domingo, dia 07, a venda de 70% das suas ações para a 777 Partners. Outros exemplos de SAF também conhecidos são Cruzeiro e Botafogo, que possuem como sócios majoritários Ronaldo e John Textor, respectivamente.
Por mais que os clubes-empresa tenham se tornado comuns principalmente na Europa, no Brasil eles chegam com um aspecto diferente. Em terras tupiniquins, a transformação de um clube em SAF é vista como a salvação do clube. As principais SAFs atualmente são exemplos disso. São três clubes gigantes que, mesmo possuindo uma boa condição e grande apoio popular, foram "destruídos" por más gestões. Esse despreparo fez com que esses gigantes se acostumassem com a pequenez, se afastando da disputa constante de títulos e até acabando na segunda divisão.
Mesmo com todo essa pressa pela venda da SAF, os clubes brasileiros conseguiram bons sócios majoritários. No Cruzeiro, quem possui a SAF do clube é Ronaldo Fenômeno, campeão do mundo com o Brasil em 2002. O ex-atacante que jogou pelo clube mineiro no início da sua carreira é também dono do Real Valladolid, clube da primeira divisão espanhola. No Vasco, quem é a dona da SAF do clube é a 777 Partners, que também possui o Red Star (França), Genoa (Itália) e Standard Liége (Bélgica). No Botafogo, John Textor é o sócio majoritário do clube e também é o caso mais conhecido, considerando sua participação em clubes de grande expressão como Lyon (França) e Crystal Palace (Inglaterra)
Mesmo em cenários não tão adequados para a implementação no Brasil, a SAF é a esperança de inúmeros times. Agora, com essa grande mudança na estrutura, que esses gigantes como Botafogo, Cruzeiro e Vasco voltem ao topo do futebol brasileiro, lugar onde merecem estar.