Do lixo ao luxo: Os tempos de glória do Phoenix Suns

Devin Booker conversa com Monty Williams, técnico do Suns, durante um jogo da franquia.
Foto: Chris Coduto / Getty Images

    Nos dias de hoje, nem sempre o mais importante é montar o melhor time primeiro, e sim antes de conseguir as peças ideais para chegar na glória máxima, é importante construir uma cultura vencedora e inteligente dentro da franquia, e por mais que muitas vezes essa seja uma construção demorada, por vezes ela vem de onde nós menos esperamos, e esse é justamente o caso do Phoenix Suns.

    Que o Suns é um time completo e de extrema qualidade, já é de conhecimento geral de todos os fãs de NBA. Mas, como conseguiram ser um time completamente orgânico, mesmo na ausência de suas principais estrelas é algo que nem todo mundo pode explicar. A situação fica mais surpreendente se pensarmos que há 2 anos nem aos Playoffs eles iam. Muito dessa nova fase passa pela cabeça do principal técnico da liga no momento, Monty Williams.

O efeito Monty Williams no Phoenix Suns

    Monty está nos Suns desde a temporada 2019-2020, após um péssimo período da equipe do Arizona. Na mesma, o Suns esteve sob o comando do atual auxiliar do Mavericks Igor Kokoskov e venceu apenas 19 de 82 partidas. Uma das principais mudanças para a virada de chave da equipe veio na contratação de Williams, que havia tido uma passagem em New Orleans, onde nunca passou da primeira rodada. 

    Apesar de uma temporada não tão boa, a equipe mostrou um grande índice de evolução na bolha de Orlando, vencendo as 8 partidas possíveis. A partir dessa sequência sob o comando de Booker, Ayton, Rubio e Oubre, veio a mudança de mentalidade da equipe. De um time derrotado e sem expectativas de vitória, o Suns se tornou um dos principais contenders da liga. Essas oito vitórias viraram algo praticamente mitológico dentro franquia, sendo um feito amplamente comemorado, apesar da sua importância efetiva na tabela ser zero.


A chegada de Chris Paul

    Na temporada seguinte, veio o 2º passo para o Suns: A troca por Chris Paul. Sacrificando Oubre e Rubio, Phoenix obteve o ótimo armador veterano, que estava no Oklahoma City Thunder. O efeito de CP3 mudou o time da água para o vinho em pouquíssimo tempo. Já na sua primeira temporada com eles, juntamente de Devin Booker, a vice-liderança da conferência Oeste veio, com 51 triunfos e apenas 21 reveses. Na pós-temporada, a franquia venceu as finais de conferência, mas acabou derrotada pelos campeões Milwaukee Bucks nas finais.

    A metodologia de Monty e Paul é simples: Basquetebol inteligente, arremessos bem selecionados, dedicação e um time super profundo lotado de bons defensores. A criação dessa cultura vitoriosa no Arizona é importante pela sequência pós CP3, que faz 37 anos em maio e tem um largo currículo de lesões na carreira. O armador perdeu 15 jogos nesta temporada, inclusive sendo dúvida para o início dos Playoffs, mas o Suns não precisa apressar a recuperação dele, nem fazer nada precipitado pois venceu 11 destes 15 compromissos sem a presença do craque, Booker perdeu 11 jogos nesta temporada também, e a equipe conseguiu sair vitoriosa em 8 oportunidades, além de ter ficado 3-1 nos 4 jogos em que ambos não atuaram.


    Isso só prova que a metodologia, a cultura e o trabalho que Monty Williams vem instaurando na franquia vem funcionando cada vez melhor. O basquete coletivo da equipe rende, até então, um recorde de 62 vitórias e apenas 14 derrotas e, de quebra, um grande favoritismo em relação aos outros times da conferência.

    Com certeza o Phoenix Suns ainda tem muita coisa a provar nos Playoffs. Sendo praticamente imbatíveis na temporada regular, muito se espera dessa equipe na pós temporada, mas será que eles conquistarão o título, como o recorde vem sugerindo? Só o tempo dirá.
Meros Boleiros

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